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Comunidade

A investigação no Sado remonta ao séc. XVI, fazendo parte do debate humanista em torno da linguística antiga das cidades. Constituiu o relato de viajantes e espiões, como José Cornide, que veste a pele de investigador com o propósito de averiguar pontos estratégicos de invasão, descrevendo diferentes antiguidades nas quais se enumeram a epigrafe de Cornélio Boco de Alcácer do Sal e a estátua com a cabeça de Minerva de Troia, hoje perdidos e que por isso se revestem de particular interesse. No séc. XVIII, também a casa real manifestou interesse por esta região, desencadeando as primeiras escavações de que há memória, sob a égide da infanta, futura rainha D. Maria I e mais tarde pelo próprio rei D. Carlos que desenha a costa de Setúbal e os trabalhos que observa. Em 1850 é criada a Sociedade Arqueológica Lusitana para continuar essas escavações, onde se descobriu a famosa taça com relevos marinhos que se encontrou recentemente entre as coleções de D. Fernando que a recebeu do Duque de Palmela, seu Presidente Vitalício. Até o célebre escritor dinamarquês, Hans Christian Andersen, passa por Palmela, Setúbal, Troia e Arrábida na sua viagem a Portugal.

A região está assim intimamente ligada ao berço da arqueologia portuguesa, com trabalhos dirigidos pelos primeiros diretores do atualmente designado Museu Nacional de Arqueologia e o protagonismo de investigadores setubalenses, como António e José Marques da Costa. No final do séc. XX destacam-se os trabalhos da missão arqueológica luso-francesa para estudar a produção oleira e de preparados piscícolas, com importantes obras publicadas.

Este território está hoje ao cuidado de diferentes agentes, do setor privado e público, revelando, ainda hoje, um grande potencial científico por explorar.

Entre investigadores e pescadores, e até mesmo em charroque, pretende-se dar voz aos que atualmente contribuem para a memória deste território.

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